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Poema “Renascente” por Diego Rbor, conheça a partícula da alma deste poeta e escritor, que será compartilhada mensalmente com todos nossos leitores.
Renascente
Sei que já chateei alguns corações e não sinto orgulho disso.
O meu melhor está dentro de mim, assim como o meu pior. Se faço o bem, fico bem; Se faço o mal, fico péssimo.
O peso da maldade é insuportável então fui esvaziando o que não é luz na minha bagagem.
Sobrou espaço e tempo para focar e fazer somente o bem, porque o bem é leve e não se cansa de si.
A grande sacada é quando a gente aprende que poesia e consciência é tudo. Pra ela ser leve não deve haver o peso de mentiras, maldizeres, calúnias e destruições.
Não, não sou nenhum santo… Mas se fosse, faria cair chuva fervendo de consciência sobre aqueles que não a tem.
Só valoriza o sol quem viveu no gelo. Só valoriza a água quem já viveu a seca. Só valoriza as árvores quem compreende (ou busca compreender e viver) o TEMPO.
Sei que magoei alguns corações, mas já nos perdoei, porque o meu também estava machucado.
Lá no escuro ninguém me via e eu muito pouco. Pude encarar todos os meus medos, meus desejos profundos e todas as minhas cargas… Me deixei na temperatura zero graus e ali pude me ver congelar enquanto respirava e chorava. Me conectei intensamente com os meus sentidos naturais. É tão bom isso. Em cada gota de pranto resplandeceu uma centelha de luz, e eu, no aperto da alma, juntei cada gota e com elas enchi o meu oceano. Transparente e colorido.
Hoje e para todo o sempre futuro, sou terra fértil, cheirosa e profunda. Embora magoado alguns corações, não sinto orgulho disso. Nem sinto vergonha ou arrependimentos. Sinto um amor incondicional por mim, pelas minhas imperfeições externas resultadas de muita prova de amor à vida.
Dentro de mim existe ira e eu gasto em arte. A ira que o mundo mal me deu eu banho de luz e água, e terra e verduras frescas da feira de sexta.
Gratidão pelo eterno presente.
crônica
por Diego Rbor
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Diego Rbor é um artista contemporâneo e sua maior expressão é através da poesia. A sua escrita marginal ilumina a todos propondo reflexão, sensação e desejos otimistas.
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